
Desde pequena, eu criava – e nem sabia o que era criar, mas fazia com o coração batendo mais forte.
Não esperei permissão.
Não segui regras.
Minhas telas eram as paredes de casa, meus traços, ousados, e minhas cores, sem medo de gritar.
O café? Sempre esteve lá, pulsando na vida da minha família, nas conversas, nos abraços – e, sem eu perceber, virou minha inspiração.
Eu não pintava dentro da linha. Eu invadia ela.
Molhava meus desenhos pra ver como a tinta escorria, rasgava, recomeçava.
Não tinha pena do que ficava pra trás – tudo era experimento, tudo era vida.
E hoje, na Loja Coffea, é a mesma coisa: café, arte e existência misturados, sem filtro.
Não me divido.
Não deixo a Mariana criança em algum canto do passado.
Ela está aqui, desafiando, criando, transbordando.
A Coffea sou eu, adulta, mas com a mesma coragem de quem pinta fora dos limites – porque arte não tem fronteira, e eu não vou me encaixar em nenhuma.
Crio. Arrisco. Quebro. Refaço.
E o café? Ah, o café é só o começo.