Eu sempre acreditei que a criatividade mora no caos. Até descobrir que, ultimamente, ela estava sendo sequestrada por ele. Entre notificações, algoritmos e a pressão por produtividade, meu lado criativo começou a parecer mais um arquivo corrompido do que uma fonte transbordante. Foi quando percebi que as minhas melhores ideias não vinham no frenesi, mas no silêncio. Especialmente aquelas manhãs roubadas, só eu, meu café e a névoa fina do dia nascendo.

E não é qualquer café. É aquele que carrega intenção. Como o "Manhãs de Café e Morango", criado para lembrar que a doçura existe mesmo no concreto. Ele nasceu de um desejo de traduzir em sabor aquela sensação de setembro, das manhãs que cheiram a mudança (e que, sim, foram inspiradas por "Manhãs de Setembro", do Prime Video, com a diva Liniker — minha musa da ousadia e da entrega artística). Porque criar, pra mim, nunca foi só sobre inovar, mas sobre reconhecer: o afeto no detalhe, a revolução no cotidiano, a arte no efêmero.


Show turnê Caju | jan. 2025 | arquivo pessoal

Como profissional criativa, aprendi que inovação não vem do cansaço, mas da qualidade dos momentos que dedicamos a nós mesmos. Minha marca nasceu dessa consciência: para criar com autenticidade, precisamos primeiro nos reconectar com nosso tempo e nossos sentidos.

Eu sou aquela rebelde, mas com a alma de poeta, porque minha marca não é só sobre produtos, mas sobre experiências que arrancam camadas. E essas manhãs quietas, com xícara na mão e o mundo ainda em suspenso, são meu ato de resistência: é quando me lembro que a verdadeira criatividade não vem do ruído, mas da escuta. Do corpo, da memória afetiva, do morango que derrete junto com o suspiro no café.

Se você também sente que o excesso está apagando sua chama, experimente roubar uma manhã só pra você. Deixe o celular no modo avião, coloque Liniker pra cantar baixinho e permita-se existir antes de produzir. Porque às vezes, o que a gente mais precisa criar é... espaço (com um café na mão).